05
fev

Maconha ou álcool: o que é pior para a saúde?

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Embora ambos álcool e maconha sejam tóxicos quando usados para fins recreativos, sua legalidade, padrões de consumo e efeitos a longo prazo sobre o corpo são bastante diferentes. O que sabemos é que tanto o consumo de álcool quanto fumar maconha podem levar a problemas de saúde, mostrando efeitos a curto e longo prazo.

De fato, o álcool é associado a quase 80 mil mortes nas Américas, de acordo com estudo da Organização Pan-americana da Saúde feito entre 2007 e 2009. Por uma série de razões, estatísticas sobre mortes associadas com o uso de marijuana são muito mais difíceis de encontrar.

A curto prazo

Beber muito álcool pode rapidamente matar uma pessoa. A impossibilidade de metabolizar o álcool tão velozmente quanto é consumido pode conduzir a uma acumulação no cérebro, que desliga áreas necessárias para a sobrevivência, tal como as envolvidas com o batimento cardíaco e a respiração.

“Você pode morrer cinco minutos depois de ter sido altamente exposto ao álcool”, explica Ruben Baler, cientista da saúde no Instituto Nacional de Abuso de Drogas dos EUA. “O impacto do uso da maconha é muito mais sutil”.

No entanto, efeitos sutis não são sinônimo de efeitos fracos, como é o caso com o consumo de cigarros, que também possui efeitos mais lentos que o álcool, mas é ligado a 200 mil mortes anuais só no Brasil, segundo dados de 2008 do Instituto Nacional do Câncer (Inca).

Embora a maconha afete o sistema cardiovascular, aumentando a frequência cardíaca e a pressão arterial, uma pessoa não pode morrer fatalmente de overdose de maconha como pode com o álcool.

Também, o álcool é mais propenso do que a maconha a interagir com outras drogas. Se você já estiver tomando outras drogas ou medicamentos e beber álcool, ele pode aumentar ou diminuir os níveis da droga ativa no organismo.

Além das formas diretas, ambas as substâncias podem afetar a saúde de forma indireta.

Como a maconha prejudica a coordenação e o equilíbrio, existe o risco de se ferir ao fumá-la, especialmente se uma pessoa “chapada” decidir dirigir ou fazer relações sexuais desprotegidas, enquanto suas inibições estão reduzidas. Além de consequências momentâneas, podem haver consequências a longo prazo.

A longo prazo

Os efeitos a longo prazo de beber muito são bem conhecidos. “O excesso de álcool leva a consequências muito graves”, diz Gary Murray, diretor interino da Divisão de Metabolismo e Efeitos na Saúde do Instituto Nacional de Abuso do Álcool e Alcoolismo (EUA).

Beber pode levar a doença hepática alcoólica, que pode evoluir para fibrose do fígado, que por sua vez pode levar ao câncer de fígado.

Já Baler comenta que, ao contrário do álcool, os efeitos do uso crônico da maconha não são tão bem estabelecidos. Estudos com animais indicam um possível impacto na reprodução. Além disso, há evidências de que maconha pode piorar problemas psiquiátricos para pessoas que são predispostas a eles, ou fazê-los se manifestar em uma idade mais jovem. Ainda, porque a droga é geralmente fumada, pode causar bronquite, tosse e inflamação crônica das vias aéreas.

Pesquisadores que procuram estudar o uso da maconha a longo prazo têm tido dificuldade em encontrar pessoas que fumam maconha regularmente, mas que também não fumam cigarros de tabaco. Outra grande dificuldade é a ilegalidade da maconha, que limita a pesquisa neste campo.

Este ano começaram as primeiras vendas legais de maconha para pessoas que não a usam por razões médicas nos Estados Unidos, em Colorado e Washington. A observação de taxas de lesões, acidentes, doenças mentais e uso por adolescentes levará a uma melhor compreensão dos efeitos sobre a saúde pública da maconha.

Grande parte da preocupação com a substância envolve jovens que usam a droga, porque ela interfere com o desenvolvimento do cérebro enquanto ele ainda está amadurecendo. “Fumar maconha interfere com conexões do cérebro em um momento em que ele deveria estar em um estado de mente clara, acumulando memória e experiências que formarão uma base para o futuro”, conta Baler.

Como algumas pessoas fumam maconha com a mesma voracidade que a maioria dos fumantes regulares, enquanto outros podem usar maconha apenas nos fins de semana, os efeitos na saúde tornam-se difíceis de generalizar.

Conclusão

“Você está prejudicando cumulativamente sua função cognitiva. Qual vai ser o resultado final, ninguém pode dizer”, afirma Baler.

Fonte: Hype Science

28
jan

Beber durante a gravidez pode ser pior do que usar cigarro ou maconha

Estudo indica fetos expostos ao álcool apresentam mais problemas comportamentais ou de desenvolvimento. 

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Beber durante a gravidez pode causar mais danos ao feto do que um fumar cigarro ou maconha, dizem especialistas. Com o alerta, foi preciso alterar as diretrizes governamentais, que indicam às mulheres que têm o hábito de beber que o façam no máximo duas vezes por semana. A recomendação dos especialistas para as gestantes é que eliminem de vez o álcool da rotina.

Pediatras dizem que pelo menos 1% dos bebês nascidos na Inglaterra sofrem de problemas comportamentais ou de desenvolvimento devido à exposição ao álcool. Isto significa que, entre 730 mil nascidos no país por ano, pelo menos 7 mil são afetados. Os danos que as bebidas alcoólicas podem causar são tão sérios que um especialista disse que, se é para ter um hábito ruim durante a gravidez, que seja o uso de maconha ou cigarro.

Neil Aiton, pediatra dos hospitais universitários de Brighton e Sussex, disse que sua recomendação para as futuras mamães seria “não beba”. “Temos fortes evidências de que beber álcool com regularidade é prejudicial”, afirma. Ele complementa dizendo que bebês de mães que fumam podem nascer menores do que o normal. “Existem outras evidências, mas são menores quando comparadas com os prejuízos psicológicos e neurológicos de longo prazo que o álcool causa ao sistema nervoso.”

Uma taça de 250 ml contém cerca de três unidades de álcool e os médicos dizem que, com isso, as mulheres estão colocando os seus fetos em risco. Sheila Hollins, da British Medical Association, diz que esta é uma recomendação difícil de se seguir, já que as pessoas não sabem o que é uma unidade. “A recomendação do BMA seria a de que eliminar a bebida durante a gravidez é mais seguro devido à incerteza sobre beber de níveis baixos a moderados”.

Fonte: Terra

27
jan

Alcoolismo: vício cruel

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O descontrole em consumir bebidas alcoólicas acaba prejudicando o organismo e isso é fato. Porém, são alarmantes os dados que englobam os consumidores da bebida em todo o mundo, principalmente na América do Sul. O Brasil não fica para trás quando o assunto é “encher a cara”. Aqui os excessos ultrapassam limites. Adolescentes, idosos e mulheres se encontram na escala de grandes consumidores das drogas lícitas e ilícitas, mas quem lidera esse ranking são os homens entres 50 a 59 anos. Cerca de 19 milhões de pessoas são dependentes de álcool no país. O alcoolismo é a terceira doença que mais mata no mundo e é responsável também pelos danos ao corpo, ficando atrás somente da cocaína e do craque.

Segundo a Organização Pan-Americana da Saúde (OPAS), o álcool provoca 80 mil mortes anuais nas Américas, sendo que o Brasil ocupa a 5ª colocação entre os países com maior índice de casos por 100 mil mortes. Em casos de acidentes de trânsito, segundos dados alarmantes da Polícia Rodoviária, 85% dos condutores de veículos envolvidos em acidentes eram do sexo masculino e demonstravam sintomas de embriaguez.

Estudos apontam que o álcool é a droga preferida dos brasileiros, com um total 68,7% de pessoas que o consomem. O país ocupa o primeiro lugar no mundo em consumidores de bebidas destiladas, como a cachaça, por exemplo, e é um dos maiores produtores de cerveja do planeta. Só a companhia Ambev produz cerca de 35 milhões de garrafas da bebida por dia. Consequentemente, o uso dessa droga traz inúmeros problemas para a saúde, podendo comprometer as células do fígado, que apesar de se regenerarem rápido, não aguentam as lesões. Estas bebidas, quando consumidas em excesso, podem acarretar diretamente ao organismo 60 tipos de doenças e feridas.

Dentre elas estão a cirrose, pancreatite, hemorragias, hepatite, e outros danos físicos como degeneração dos ossos – devido ao ácido úrico elevado, que se encontra nas bebidas alcoólicas –, lesão cerebral, gerando a síndrome de Wernicke-Korsakoff, degeneração cerebelar, ambliopia, diversos cânceres situados na boca, no esôfago, fígado, epilepsia, arritmias, cardiopatias, hipertensão, entre outros.

O grande problema se encontra na falta de prevenção. No Brasil não há o apoio às prevenções contra o consumo exagerado dessa substância, pois as políticas específicas que ajudam a incentivar o não consumo do álcool ainda engatinham. Há uma falha grave neste ponto. As imensuráveis propagandas de bebidas alcoólicas muito bem produzidas, com a presença de belas mulheres, diariamente encantam e de certa forma atraem as pessoas a consumirem álcool, o que dificulta muito a ideia dos programas de prevenção.

O número de viciados vem crescendo a cada ano, com cerca de 78% dos jovens brasileiros que bebem diariamente e 19% que já são viciados. De acordo com o Levantamento Nacional sobre o Uso de Drogas, efetuado pelo Centro Brasileiro de Informações sobre Drogas Psicotrópicas (Cebrid), há um alerta de que o consumo de álcool por adolescentes de 12 a 17 anos já atinge 54%, sendo que 7% destes adolescentes já apresentam dependência.

O que fazer?

A única atitude possível é ele estar informado sobre a ação das drogas, suas conseqüências e tratar o dependente o quanto antes, forçando esta decisão o mais rápido possível, pois a informação lhe chegará a tempo de obter os melhores resultados no processo de recuperação.

25
jan

Sizzurp, a droga de Bieber, já chegou ao Brasil

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Mistura feita com xarope para tosse causa dependência e pode levar à morte por parada respiratória

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Preso na última quinta-feira em Miami Beach por dirigir sob efeito e álcool e drogas, o cantor Justin Bieber pode ser usuário de um entorpecente caseiro. Sites de celebridades como TMZ e Radar Online trazem relatos de que o ídolo teen consome drogas com frequência alarmante – em especial, uma mistura batizada de sizzurp. “Essa droga virou febre nos Estados Unidos e está afetando o Brasil. É um problema crescente na saúde pública”, afirma o psiquiatra Ivan Braun, doutor pela Faculdade de Medicina da USP e especialista no tratamento de usuários de drogas. Um levantamento feito em 2005 mostrou que quase 2% dos brasileiros já haviam utilizado o xarope pelo menos uma vez na vida para fins recreacionais.

A droga é feita com xarope para tosse, refrigerante e balas dissolvidas, para melhorar o sabor. O tipo de xarope utilizado tem como principal princípio ativo a codeína – um derivado do ópio, como a morfina. O medicamento ainda contém anti-histamínicos como a prometazina, um antialérgico com efeito tranquilizante.

A mistura gera uma sensação de euforia e bem-estar e, assim como outros entorpecentes, pode causar dependência. “O usuário passa a necessitar de doses cada vez maiores, e quando fica sem a medicação tem síndrome de abstinência”, diz Braun. “Outro problema é que, com frequência, há associação com outras drogas, o que aumenta chances de comportamentos de risco.” Em doses elevadas, a bebida pode causar falta de ar e levar à morte.

Leia mais:
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Cientistas descobrem como acabar com o vício da cocaína

Saúde pública – Xarope à base de codeína é um medicamento vendido sob prescrição médica, indicado para pacientes com tosse grave. Quando utilizado com supervisão médica, não oferece riscos ao paciente. Em excesso, torna-se prejudicial.

Além dos xaropes para tosse, ansiolíticos, relaxantes musculares e medicamentos para dor – que contém outros tipos de opioides – também são alvos de abusos. “Uma proposta interessante e muito discutida para inibir o abuso de drogas prescritas é misturar à formulação substâncias de gosto desagradável”, diz o médico. O tratamento em caso de excessos geralmente não requer medicação, apenas terapia para estimular o fim do hábito. Em casos mais graves pode ser necessário o uso da clonidina, medicamento usado na desintoxicação por opioides.

Hip-hop e Rap – A origem do sizzurp está associada à cultura do hip-hop, nos Estados Unidos. Acredita-se que a droga tenha se difundido a partir do Texas, onde seu uso se tornou comum na década de 1990. Em 2008, o rapper americano Pimp C teve a morte atribuída a uma overdose de xarope contra tosse. Segundo relados, em 2013, o também rapper Lil Wayne foi hospitalizado pelo menos motivo. O cantor menciona a bebida em diversas composições.

Fonte: Veja

21
jan

Maconha: entenda como a droga pode afetar sua vida

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Efeito MaconhaA descriminalização da maconha no Uruguai reacendeu velhas discussões, preocupações e mesmo alguns preconceitos nos vizinhos brasileiros. Maconha faz mal ou faz bem, deixa o raciocínio mais lento, melhora ou piora o desempenho acadêmico, pode tratar depressão, ansiedade, ou piorar os sintomas? Esse tipo de questionamento surge em meio a estudos que ora apontam os danos, ora exaltam benefícios do uso medicinal da planta, mas não há uma resposta simples. O que se sabe é que o fato de o uso da Cannabis sativa não estar legalizado no Brasil não interfere no seu consumo em diferentes faixas etárias – inclusive por jovens em idade escolar e universitária.

No I Levantamento Nacional sobre Uso de Álcool, Tabaco e Outras Drogas entre Universitários das 27 Capitais Brasileiras, realizado em 2010 pela Secretaria Nacional de Políticas sobre Drogas e pelo Grupo Interdisciplinar de Estudos de Álcool e Drogas da Faculdade de Medicina da Universidade de São Paulo (USP), a maconha apareceu como a substância psicoativa mais consumida entre estudantes de instituições públicas e privadas. Outra pesquisa, realizada em 2013 pelo Projeto Este Jovem Brasileiro, do Portal Educacional em parceria com o psiquiatra Jairo Bouer, com jovens de 12 a 17 anos em 64 escolas particulares brasileiras, aponta que 10% dos entrevistados já usaram a droga, sendo 22% entre os 12 e 13 anos. Os que fumam todos os dias equivalem a 18%. Esse mesmo estudo mostra que, em sala de aula, dificuldade de concentração (49%), ansiedade (47%) e irritação (44%) são as emoções que mais incomodam entre todos os entrevistados, seguidas por tristeza e desânimo (30%). Os dados informam também que 35% têm dificuldade em entender a aula, e 13% já foram reprovados.

Frente aos resultados, Bouer apontou que haveria uma relação entre quem já experimentou maconha e as mudanças nas emoções. Para ele, a droga parece aumentar ansiedade, tristeza, desânimo, dificuldade em se concentrar e entender as disciplinas. “A pesquisa mostra que o índice de reprovação chegou a 31% entre os que já fumaram. Ou seja, maconha e rendimento na escola parecem definitivamente não combinar”, conclui Bouer.

Já o neurocientista João Menezes, médico e professor do Instituto de Ciências Biomédicas da UFRJ, avalia de modo diferente esse tipo de dado que relaciona o uso da maconha com mau desempenho escolar. Ele compreende que é difícil dissociar em um estudo o que é de fato resultado da droga e o que é consequência da proibição da mesma. “Temos que lembrar do contexto social. Não existe pesquisa sobre isso livre do contexto marginal, de proibição e estresse causados pela criminalização. O estresse também afeta muito o aprendizado. Então, como saber se o efeito foi da maconha ou do estresse?”, questiona o membro da Sociedade Brasileira de Neurociências e Comportamento.

Menezes assinala, contudo, que o uso mais seguro da Cannabis, nos países em que ela é regulamentada para uso terapêutico, é voltado para adultos – ainda que haja aplicações para jovens, mediante avaliação médica – uma vez que eles são menos suscetíveis aos efeitos negativos da planta. Ele lembra, ainda, que por afetar a memória de curto prazo, a maconha pode comprometer habilidades necessárias no contexto escolar. Além disso, o contato precoce com a maconha também pode agravar doenças psiquiátricas, além de aumentar as chances de dependência.

Foi divulgado, em 2013, um estudo que avaliou os efeitos da maconha no processo de aprendizagem em jovens de quatro colégios da cidade de Santiago, no Chile. O trabalho, realizado por cientistas da Clínica de Las Condes, da “La Esperanza” Corporation for Drug Prevention e dos departamentos de Psiquiatria e Saúde Mental e de Ciências Sociais da Universidade do Chile, dividiu em dois grupos consumidores exclusivos da planta e não consumidores, mantendo constantes as variáveis de coeficiente intelectual e nível socioeconômico. A pesquisa concluiu que os usuários da droga mostraram déficit em habilidades cognitivas associadas ao processo de aprendizagem, como atenção, concentração, integração visuoespacial, retenção imediata e memória visual, observadas a partir de neuroimagem.

Alterações no cérebro

Um estudo da escola de medicina da Northwestern University, nos Estados Unidos, publicado em dezembro na revista científica Schizophrenia Bulletin, apontou que adolescentes entre 16 e 17 anos que fumaram maconha diariamente por cerca de três anos apresentavam alterações nas estruturas cerebrais relacionadas à memória, e tiveram mau desempenho em atividades em que a memória era requisitada. O estudo mapeou regiões chave na substância cinzenta subcortical do cérebro de usuários crônicos da erva e relacionaram anormalidades nessas áreas com danos na memória funcional, que é a habilidade de lembrar e processar informações no momento e, se necessário, transferi-las para a memória de longo prazo. As alterações constatadas seriam semelhantes às relatadas em pacientes com esquizofrenia.

Segundo o estudo, quanto mais jovens os indivíduos quando começaram a usar maconha cronicamente, mais as regiões do cérebro apresentavam modificações. No entanto, como a pesquisa examinou uma área por vez, seria necessário um estudo longitudinal para provar que a substância de fato modificaria o cérebro e causaria danos.

Fonte: Terra

16
jan

Brasil é o 5º país em mortes causadas pelo álcool

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Além de ser o responsável por uma série de problemas sociais e de saúde, o álcool é a causa de cerca de 80 mil mortes por ano no continente americano. E o Brasil ocupa a quinta posição nesse preocupante ranking ligado ao consumo de bebidas, segundo um novo estudo da Organização Pan-Americana da Saúde (OPAS) e da Organização Mundial da Saúde (OMS). Os dados foram publicados esta semana na edição online da revista científica “Addiction”.

O estudo analisou todas as mortes ligadas ao álcool entre 2007 e 2009 em 16 países da América do Norte e da América Latina. Eles afirmam que o uso da substância provocou uma média anual de 79.456 mortes que poderiam ter sido evitadas se não houvesse consumo de álcool.

Na maioria dos países, as doenças hepáticas foram a principal causa dessas mortes, seguidas de transtornos neuropsiquiátricos. Segundo os autores, a pesquisa só mostra “a ponta do iceberg de um problema maior”.

As taxas de mortalidade por consumo de álcool variam entre os países: as mais altas são as de El Salvador (uma média de 27,4 em 100 mil mortes por ano), Guatemala (22,3) e Nicarágua (21,3), México (17,8) e, em quinto lugar, do Brasil (12,2 para 100 mil mortes por ano).

Os índices se distanciam dos registrados na Colômbia (1,8), Argentina (4,0), Venezuela (5,5), Equador (5,9), Costa Rica (5,8), e Canadá (5,7). Em todos os países estudados, 84% dos mortos que tiveram relação com álcool, eram homens.

Idade

Por idade, a taxa mais alta de mortalidade por consumo de álcool foi registrada no grupo de pessoas entre 50-69 anos na Argentina, Canadá, Costa Rica, Cuba, Paraguai e Estados Unidos. No Brasil, no Equador e na Venezuela, as maiores taxas de mortalidade por álcool foram entre pessoas com idade entre 40 e 49 anos.

Já o México registrou um padrão diferente. O risco de morte por ingestão de álcool aumenta ao longo da vida e alcança seu máximo depois dos 70 anos.

Segundo os autores do estudo, as mortes ligadas ao consumo de álcool podem ser prevenidas através de políticas e intervenções que reduzem a ingestão de bebidas, incluindo restrições à disponibilidade de produtos, aumento de preços e controle no mercado e na publicidade.

Gravidez

Mulheres jovens que bebem álcool antes da primeira gravidez, correm maior risco de desenvolver câncer de mama, segundo estudo realizado nos Estados Unidos.

Fonte: O Tempo

13
jan

Mistura de cocaína e adrenalina enlouquece usuários de drogas

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Traficantes estão adicionando doses de adrenalina na fabricação da cocaína que é vendida nas bocas de fumo do Rio de Janeiro. A revelação surgiu em uma pequena filmagem de uma reportagem britânica que veio ao Brasil cobrir a violência no país da Copa, e mostrou os criminosos adicionando a substância ao pó que forma a droga. Mas para quem faz o tratamento de pessoas dependentes do narcótico, essa informação explica porque os pacientes estão se tornando cada vez mais difíceis de tratar.

Jorge Jaber, psicanalista e presidente da Associação Brasileira de Alcoolismo e Drogas (Abad), conta que além dos problemas comportamentais e cerebrais que frequentemente acompanham usuários de drogas, têm surgido cada vez mais casos de doenças.

– Está se explicando porque temos encontrado cada vez mais dependentes químicos com hipertensão, mesmo entre pessoas jovens. Também agora os pacientes estão precisando ser tratados clinicamente para diabetes – disse o médico.

Outros transtornos que têm “aumentado muito” são relacionados ao aumento de colesterol, triglicerídeos e lipídios. Para o médico, esse quadro era muito incomum, pois usuários de drogas pesadas tendem a ter menos gordura:

– Aumentaram muito os problemas na concentração de gorduras em pacientes que deveriam perdê-las, porque comem menos. Me parece que a resposta disso pode estar exatamente na mistura de outras substâncias na cocaína.

adrenalina é um hormônio produzido pelas glândulas suprarrenais que aumenta os batimentos cardíacos, a frequência respiratória, e coloca o corpo em sinal de alerta. Normalmente é liberada quando estamos em situações de risco, realizando atividades esportivas, ou sob forte estresse. O efeito de doses grandes de adrenalina é um pouco parecido com aquele provocado pela cocaína. Ao adicionar o hormônio no narcótico, traficantes estão “falsificando” a droga.

– Acredito que (os traficantes) estejam diminuindo a quantidade de cocaína para fingir que a droga que estão vendendo é mais pura, mas na verdade aquele efeito que o usuário tem não é da cocaína e sim da adrenalina.

Droga Falsificada

Uma surpresa é que os traficantes estejam adulterando a droga dessa maneira no Brasil, onde o quilo de cocaína pode ser comprado pelo preço de R$1.400,00. Barato, se comparado com o preço em outros países, que pode ultrapassar os R$300 mil.

– Já havia informações de que isso era feito em outros países onde a cocaína é muito cara, mas no Brasil não se justificaria – disse o psicanalista.

O processo de misturar aditivos na fabricação da cocaína – também chamado de “malhar” a droga, é comum. No Brasil, substâncias de cor branca como pó de mármore, giz e mesmo pó de vidro já são usados para adulterar o produto e economizar a cocaína pura.

Outro problema de usar a droga adulterada com adrenalina é que o efeito negativo se torna ainda pior. A mistura das duas substâncias causa vasoconstrição, o que aumenta a concentração de cocaína no sangue e pode causar parada cardíaca imediata. O efeito é ainda mais perigoso em pessoas que já sofrem de ansiedade ou hipertensão, porque já possuem níveis elevados de adrenalina no sangue.

Além disso, a droga falsificada vicia ainda mais, porque o corpo precisa de mais cocaína para satisfazer a dependência:

– A pessoa tem a sensação de que consumiu a cocaína, mas a dependência química não fica satisfeita e então acaba usando mais quantidade da cocaína falsificada e consumindo mais adrenalina.

Tratamento

Pessoas em busca de tratamento para dependência química ou familiares de dependentes podem procurar a nossa clínica, ligando para o número (34) 3061-0101 (atendimento 24 horas).

07
jan

Técnica que controla neurônios com a luz é usada contra alcoolismo

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Uma equipe de neurobiólogos da Universidade de Wake Forest e da Universidade de Buffalo (UB) conseguiu evitar que ratos de laboratório ‘alcoólatras’ ingerissem álcool a partir do uso de luz, informou a Wired.  Após serem induzidos ao alcoolismo pelos cientistas,  as cobaias se recusaram a beber quando neurônios controladores da dopamina (um neurotransmissor) eram expostos a fibras óticas.

A técnica é chamada de optogenética e funciona a partir da administração de certas proteínas, capazes de deixar neurônios específicos ficam sensíveis à luz. Isso faz com que as células possam ser facilmente estimuladas com o uso de fibras óticas. No caso dessa pesquisa, os cientistas usaram um vírus para levar uma proteína que responde à luz até os neurônios controladores de dopamina. Em seguida, uma fibra óptica passou a funcionar como um interruptor para ligar e desligar a liberação do neurotransmissor.

“Por décadas, temos observado que determinadas regiões do cérebro se tornam mais ativas em um alcoólatra quando ele bebe ou olha para fotos de pessoas bebendo, por exemplo. Não sabíamos se essas mudanças na atividade cerebral realmente afetavam o comportamento do alcoólatra”, diz Caroline Bass, assistente de farmacologia e toxicologia envolvida na iniciativa.

O que os cientistas já sabem é que o alcoolismo está diretamente ligado à dopamina, já que ela está associada à recompensa e ao prazer. Contudo, a equipe Wake Forest-UB descobriu que estimulando os neurônios certos não apenas o comportamento de alcoólatras era revertido, mas também prevenido – mesmo muito tempo após os estímulos.

Caroline espera que o mapeamento cerebral que conseguiram com o estudo não só ajude a identificar as vias neurais que controlam o alcoolismo em humanos, mas também em sua compreensão e, mais, no tratamento de outros distúrbios neurológicos.

Fonte: Galileu

07
jan

Mike Tyson reflete sobre vício em drogas e promete sobriedade em 2014

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Ex-boxeador americano lembra momentos difíceis de sua trajetória, revela que sofreu recaída em agosto do ano passado e luta diariamente para se manter “limpo”.

Lenda do boxe mundial, Mike Tyson abriu um capítulo obscuro de sua trajetória pessoal. O ex-lutador publicou um artigo com o título ”Lutando para mudar o hábito” no ”New York Times”, admitindo o vício em drogas e prometeu combater o problema em 2014. Segundo ele, essa é uma de suas metas para o ano novo.

– Para viciados, a disciplina não é algo para lutar a cada ano novo. É necessário a cada momento – diz Tyson, no artigo.

O ex-pugilista revelou que seu vício começou na década de 1980. Segundo ele, apenas seu antigo treinador Cus D’Amato conseguiu o impedir de usar drogas e o manteve focado na carreira dentro do ringue. A morte do técnico, no entanto, foi crucial para aumentar seu problema.

– Cus morreu um ano antes de eu ganhar meu primeiro cinturão, em 1986. Quando ele se foi, eu passei a ter menos um incentivo para ficar disciplinado. Comecei a beber muito e usar drogas. Eu finalmente me aposentei em 2005. Não queria insultar o esporte por entrar fora de forma, apenas lutando por um pagamento. Foi quando me tornei um viciado. Desde então, tenho lutado para a sobriedade. Às vezes com sucesso, às vezes não.

Em seu texto, Mike Tyson reconhece que não conseguiu levar para a vida pessoal a disciplina dos ringues, onde venceu 50 oponentes. Ele acredita que, para ficar longe dos seus vícios, é preciso mais do que evitar o álcool e as drogas.

– Estar sóbrio é mais do que evitar drogas ou álcool. É um estilo de vida focado em fazer escolhas morais e elevar a coisas que tornam a vida digna de ser vivida – desabafa.

Em seu texto, Mike Tyson revelou que há cinco anos, quando sua filha Exodus morreu aos 4 anos, tinha prometido ficar sóbrio e dar todo o suporte necessário para seus familiares. No entanto, não conseguiu resistir e teve uma recaída que atrapalhou os seus planos.

– Eu estava determinado a viver uma vida melhor para o bem da minha família, mas a dor era tão ruim que fui atrás das drogas. A recuperação é um processo longo e, sem incentivo, seria quase impossível.

O boxeador americano afirma que ficou sóbrio por cinco anos, mas acabou tendo outro deslize em agosto do ano passado. Ele tinha acabado de terminar o manuscrito de seu livro e prestes a estrear um programa de televisão.  A biografia de Mike Tyson já causa polêmica. Além de admitir vícios, ele confessou fugir de exames antidoping, usando até um pênis falso nos testes.

– Estou ansioso para um 2014 glorioso, que todas as nossas resoluções mais bem intencionadas se tornem realidade – finalizou.

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