out
“Drogas: História de Superação”
Escritor americano fala como é a luta diária contra as drogas
Largar o vício não é nada fácil, é uma luta diária: “Sobrevivi mais um dia sem drogas. É dessa maneira que funciona a vida de um ex-usuário”, foi assim que Dennis Watlington, escritor americano premiado com o Emmy Award, iniciou o Seminário Internacional “Drogas – História de Superação”, realizado na manhã da última segunda-feira, 11, na Câmara Municipal de São Paulo.
Durante a palestra o escritor deixou claro que para ter a superação diante do vício é necessário ter uma parceria entre aqueles que legislam e os que querem se recuperar. “Conseguimos vencer contra as drogas somente com uma boa equipe trabalhando e amando uns aos outros”.
Watlington contou do drama vivido desde os 12 anos quando começou a usar heroína e depois crack. O autor chegou a ser preso por 450 crimes e hospitalizado durante três meses, quando contraiu hepatite, e diante dessa situação decidiu largar o vício.
Durante o debate, quatro ex-usuários de drogas da cidade de São Paulo e que tiveram passagens pelo Centro de Referência Álcool, Tabaco e Outras Drogas (CRATOD) relataram como enfrentaram a questão do vício. Devair, ex-alcóolatra, refletiu: “O homem não morre quando deixa de existir e sim quando deixa de sonhar. Eu acreditei e por isso alcancei meus objetivos”.
Por ser um trabalho árduo e complexo, Watlington deixou claro que não existe solução mágica, e sim a necessidade de lutar em conjunto para o usuário não ter recaída. “Precisamos ter uma mão firme e não apoiar o comportamento do drogado, e sim ajudá-lo quando chegar ao fundo do poço e reconhecer que realmente está pronto pra largar o vício”.
Foi exatamente nessa situação que Faiçal procurou ajuda no CRATOD. O depoente contou que antes de procurar o Centro, demorou muito tempo para encontrar o que realmente precisava: a força de vontade. “Somente quando a encontrei, tive a iniciativa de reunir o meu desejo de vencer com a ajuda dele.”
O coordenador de Atenção às Drogas (CDR) afirma que existem 500 pessoas em tratamento em centros de recolhimento em São Paulo e a tendência é aumentar o atendimento, em prol dos viciados.
Fonte: Blog “Participação e Parceria” – Prefeitura de São Paulo