maio
Alcoolismo na juventude
O primeiro passo para enfrentar esse fenômeno é não subestimá-lo, muito menos ignorá-lo, como preferem fazer muitos pais, mas também não tratá-lo de forma exagerada ou preconceituosa. A atuação dos pais é decisiva, pois os limites deveriam ficar claramente definidos já no ambiente familiar. Quem frequenta festas de aniversário a partir dos 13 anos e de formatura do Ensino Médio pode perceber a liberalidade no consumo de álcool nessa faixa de idade, na maioria das vezes por omissão ou consentimento dos pais e até estimulado por eles. O uso de álcool por jovens precisa ser combatido com a aplicação da lei no caso de transgressões e com mais informação sobre os riscos.
Há algum tempo, o Ministério Público vem se esforçando para agir de forma preventiva nesses casos. Mesmo a decisão de manter plantões e fiscalização nos locais mais frequentados por jovens contribui apenas para atenuar o problema. As ações têm-se mostrado insuficientes para prevenir comportamentos danosos para meninas e meninos que contam com a leniência de suas famílias e com a ganância de comerciantes e promotores de eventos destinados a essa faixa etária. A atitude mais comum nesses meios é a de não barrar quem já chega a uma festa embriagado ou recorre a documento emprestado ou falsificado para atestar maioridade, devido ao temor de se incomodar com os pais ou de perder clientes. Como não há quem fiscalize e puna os infratores com rigor e de forma contumaz e como muitos pais preferem fazer de conta que nada está acontecendo, o problema só se agrava.
O alcoolismo constitui-se num sério problema de saúde pública no país, além de estar associado a uma série de doenças. Jovens que começam a beber cedo demais têm mais chances de contribuir para o agravamento desse quadro. Além disso, ficam expostos a graves riscos resultantes do descontrole provocado pela embriaguez. É hora de se dar um basta a essa situação, preservando quem tem um futuro pela frente.
Fonte: Diário de Cuiabá