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Quando ingerido em excesso o álcool pode causar, além de alcoolismo, diversas outras doenças
No Brasil, meninos e meninas começam a beber, em média, entre os 10 e 13 anos. E isso é bastante preocupante, já que o abuso está associado a vários problemas de saúde. Para evitá-los, uma medida importante é conversar sobre os perigos do hábito no ambiente familiar desde cedo.
Tontura, dor de cabeça, sensação de boca seca, desânimo, sentidos no dia seguinte são sintomas da famosa “ressaca”, uma reação do seu corpo a essa ingestão demasiada. 40 mg de etanol por 100 ml são suficientes para gerar o quadro de euforia, causando desconforto no dia posterior.
O coma alcoólico é um problema mais grave, necessitando de internação e aplicações de glicose, lavagens estomacais e outros tratamentos, a depender do grau de intoxicação. 300 mg de etanol por 100 ml de sangue, aproximadamente, levam o indivíduo a esse quadro. Uma intoxicação mais severa (aproximadamente 500 mg por 100 ml), pode causar a morte por overdose.
Mas, bem mais greve que ressaca e o coma alcoólico, quando ingerido em excesso por um longo período de tempo, o álcool pode causar, câncer, cirrose, depressão, síndrome alcoólica fetal, gastrite, cardiomiopatia e diversas outras doenças, além é claro, de levar esses consumidores a uma dependência alcoólica – alcoolismo.
O uso excessivo e prolongado do álcool pode irritar a mucosa estomacal, causando a gastrite. Essa confere muito desconforto ao portador, uma vez que causa ardência, queimação e dores de cabeça. Outras consequências, e ainda mais graves, são a hipertensão, problemas no coração e pâncreas, hepatite e cirrose. Distúrbios do sistema nervoso, como desatenção e tremedeira, também podem fazer parte do quadro.
O fígado é um dos principais órgãos afetados, uma vez que é ele quem armazena o glicogênio – a nossa reserva de glicose – e o libera aos poucos para a corrente sanguínea. Quando o indivíduo está sem se alimentar por um tempo razoável, suas reservas se esgotam, fazendo com que este órgão sintetize a glicose a partir das nossas proteínas musculares. Essa síntese é dificultada na presença do álcool, visto que o álcool bloqueia essa ação. Assim sendo, é compreensível o porquê das pessoas que estão bebendo em jejum se afetam mais rapidamente e o porquê do álcool em excesso, ao longo do tempo, pode causar a cirrose hepática.
Dessa forma, caso deseje mesmo beber, procure se alimentar antes e durante, priorizando alimentos ricos em amido. Evite beber excessivamente, procurando revezar, entre um copo e outro de bebida, um copo de água, para evitar a desidratação dos neurônios, responsável pela ressaca.