A dependência química, além de ser um grave problema social, é considerada pela OMS uma doença crônica, que afeta relações familiares, sociais e profissionais, acarretando um profundo sofrimento físico e emocional, tanto para dependentes como para co-dependentes.
A vida acontece num processo contínuo, é movimento, é mudança. O dependente químico, para mudar, precisa se sentir pronto e decidido pela transformação. O modelo dos estágios de mudança (a pré-contemplação, a contemplação, a preparação, a ação, a manutenção e a recaída) é uma das muitas formas usadas no tratamento da saúde mental para preparar alguém para a transformação.
Pessoas que sofrem de depressão são mais propensas a serem dependentes de álcool e outras drogas ao longo da vida. E é fácil entender o motivo: é comum que aqueles que tenham a doença, procurem nas drogas alívio para seu sofrimento emocional e para sintomas como tristeza, desesperança e falta de energia.
A Sociedade de Pediatria de São Paulo (SPSP) promove a campanha Julho Branco: com consciência, sem drogas – mês do combate ao uso de drogas por crianças e adolescentes. Este é um tema de grande relevância para a SPSP, que vem trabalhando fortemente para colocar essa problemática em evidência, uma vez que a utilização de drogas ocorre cada vez mais cedo e as consequências são maiores na faixa etária pediátrica.
Diz o ditado: esperar é uma virtude. Mas será que vale a pena esperar quando o assunto é saúde, principalmente em se tratando de dependência em drogas e/ou álcool?
Se você é jovem, mais cedo ou mais tarde poderá ter a oportunidade de experimentar drogas ilegais. Em muitos casos, os jovens são pressionados por amigos e colegas a provarem alguma substância da moda. Isso pode causar problemas para qualquer pessoa, mas, se você for portador de diabetes, enfrentará riscos adicionais.
A família tem um papel fundamental na recuperação do dependente. Muitas vezes o sujeito não está em condições de perceber a própria doença e cabe à família identificar o que está errado e procurar ajuda.
Mais de 3 milhões de pessoas morreram como resultado do uso nocivo de álcool em 2016, segundo relatório divulgado pela Organização Mundial da Saúde (OMS). Isso representa uma em cada 20 mortes ocorridas globalmente naquele ano. Mais de três quartos delas ocorreram entre homens. No geral, o uso nocivo do álcool provoca mais de 5% da carga global de doenças.
Furtar objetos ou valores da própria casa para trocar por drogas não é uma queixa incomum entre familiares de dependentes químicos. Quando isso estiver acontecendo, evidencia-se um forte sinal de perda do controle diante do consumo de substâncias e os familiares NÃO podem, sob quaisquer pretextos, fazer “vistas grossas” diante dos fatos.