Você já quis ajudar um dependente químico, mas não sabia como? Há muitos equívocos sobre como ajudar uma pessoa viciada em drogas. Para ajudar um dependente químico, é preciso entender que a dependência é bastante complexa. A luta dessa pessoa contra o vício certamente será árdua, mas a sua ajuda e apoio vão contribuir positivamente. (mais…)
A Organização Mundial da Saúde (OMS) prepara um documento científico para ajudar os médicos a determinar se um recém-nascido tem microcefalia e, nesse caso, poder vincular ou descartar a presença do vírus do zika.
O relatório reunirá as diferentes causas que podem provocar a microcefalia e incluirá estatísticas da circunferência do crânio.
“É muito importante que os profissionais de saúde possam saber como medir a cabeça de uma criança e declarar no final que é um caso de microcefalia ou que se trata simplesmente de um bebê prematuro”, disse hoje em entrevista coletiva Fadéla Chaib, porta-voz da OMS.
“A ideia é que o médico possa fazer uma análise completa, incluindo a gravidez, para poder determinar se a microcefalia detectada está ligada ao zika ou a outros fatores”, acrescentou.
Chaib lembrou que a microcefalia pode ser causada por algo tão anódino como o consumo de álcool durante a gravidez, a exposição a químicos pela gestante e até a desnutrição.
“É muito importante ter diretrizes sobre as diferentes causas da microcefalia”, enfatizou a porta-voz.
Chaib lembrou que é essencial fazer um bom diagnóstico porque uma criança prematura pode ter um desenvolvimento totalmente normal no futuro, enquanto a que tem microcefalia tem muito mais possibilidades de transtornos neurológicos significativos.
A porta-voz indicou que o documento – ainda em preparação e sem data de publicação – terá uma série de diretrizes de como fazer uma análise profunda para chegar a um diagnóstico claro.
Além disso, incluirá variáveis no tamanho da cabeça, como ser menino ou menina, a origem e a constituição dos pais.
“Há uma necessidade de ter uma estandaritização, em diferentes países, em diferentes culturas, que leve em conta a diferença entre crianças de diferentes regiões”, especificou.
No total, a OMS está preparando quatro documentos para ajudar os sistemas de saúde dos países mais afetados pelos surtos de zika.
Um segundo documento versará sobre como lidar com a gravidez caso haja infecção pelo zika, e um terceiro texto se centrará no apoio psicossocial às famílias com um bebê com microcefalia e outros transtornos neurológicos.
Além disso, a OMS está preparando um quarto documento, que incluirá tudo o que se sabe sobre a síndrome de Guillain-Barre e sua relação com o zika.
“Sabemos muito pouco sobre esta síndrome e na OMS temos um especialista que está elaborando um relatório que falará sobre a relação entre a síndrome e o vírus”.
Até o momento a OMS reportou uma associação entre a existência do zika e o aumento da incidência da síndrome de Guillain-Barre em Polinésia Francesa, Brasil, El Salvador, Martinica, Colômbia, Suriname, Venezuela e Honduras.
Já com a microcefalia, a relação foi detectada no Brasil e na Polinésia francesa. E vírus foi encontrado em 48 países do mundo.
Fumar maconha, seja ocasionalmente ou com grande frequência, pode danificar estruturas centrais do cérebro, de acordo com um estudo divulgado pelo site Daily Mail. Segundo a pesquisa, usar a droga, mesmo uma ou duas vezes por semana, pode afetar o tamanho e o formato de duas regiões cerebrais importantes, ligadas à emoção e à motivação.
O uso regular da droga pode encolher a massa cinzenta do cérebro, um importante componente do sistema nervoso central, conforme mostraram vários exames realizados em usuários que fumavam maconha frequentemente. Mas, em compensação, a “massa branca” do cérebro, que conecta diferentes partes do órgão, acaba crescendo para compensar a perda das células vitais. O problema gera dificuldades em reagir às informações.
O estudo, que realizou varreduras no cérebro, é o primeiro a investigar o impacto neurológico da droga em usuários de longo prazo. Os resultados adicionaram um peso crescente nas evidências que sugerem que a maconha é mais prejudicial do que se pensa.
Os cientistas, encabeçados por Wayne Hall, principal autor do estudo e conselheiro de drogas da Organização Mundial de Saúde, fizeram uma revisão em dados produzidos por pesquisas nos últimos 20 anos sobre a cannabis sativa. Os resultados mostraram que um a cada seis adolescentes que usam maconha se tornam dependentes da droga. Quando comparado em adultos, a relação é de um para cada dez adultos.
Essa revisão ainda sugeriu que o uso da droga em adolescentes dobra o risco de desenvolver doenças psicóticas, incluindo esquizofrenia.
As varreduras cerebrais mostraram que os usuários que fumam uma média de 3 vezes ao dia, tinham volumes menores da massa cinzenta no córtex orbitofrontal – parte do cérebro envolvida no processamento mental e na tomada de decisões.
“Esta pesquisa é única porque combina três técnicas de imagens de ressonância para avaliar diferentes características do cérebro”, disse a Dra. Sina Aslan, da Universidade do Texas.
Ao total, 48 adultos foram estudados com idades entre 20-36 anos, comparados com outro grupo de 62 adultos não usuários.
A pesquisa trata do consumo da cannabis sativa via tabagismo. Os efeitos das substâncias isoladas da maconha como o canabidiol e tetrahidrocanabinol não foram avaliados.
Ex-usuário de drogas, Thiago dos Santos Pires, de 27 anos, venceu a batalha contra a dependência química e, vestido de garçom, hoje ganha a vida vendendo água mineral no sinaleiro que fica no cruzamento de duas avenidas movimentadas de Goiânia. Ele encontrou no trabalho a chance de recuperar a convivência com o filho de 4 anos, que, segundo ele, não o vê há pelo menos dois anos.
Usando camisa branca, gravata borboleta, calça e sapatos sociais, Thiago serve os clientes em uma bandeja areada, onde apoia o balde com as garrafas imersas no gelo, e lucra cerca de R$ 800 por semana. O pequeno jarro de flores sobre a bandeja traz sofisticação ao trabalho do vendedor que nunca soube o que é uma vida luxuosa.
“Eu comecei vendendo água vestido normal, de bermuda, camiseta, mas percebi que não rendia muito e, às vezes, até via um pouco de medo dos motoristas”, conta o jovem.
“Minha mãe é auxiliar de serviços gerais e sempre trabalhou muito pra dar o pouco que a gente, nove irmãos, tinha”, conta o jovem. Aos 16 anos de idade ele saiu de casa para ir em busca do pai, que até então não conhecia. A partir daí a vida dele “saiu dos eixos”, conforme diz.
“Foi nessa época que me envolvi com amizades que me fizeram afundar nas drogas”, conta Thiago, que passou a morar com o pai em Senador Canedo, na Região Metropolitana da capital. O jovem conta que, quando era usuário de drogas, esteve muito próximo de se tornar um criminoso.
“A gente entra num grau de dependência tão grande que eu comecei a me envolver com gente perigosa e quase fui aliciado pelo tráfico”, revela.
O vendedor lembra que alguns amigos tentaram ajudá-lo, o incentivando a procurar ajuda. Ele se submeteu a um tratamento de um mês em uma clínica de Goiânia e saiu acreditando que estava recuperado.
Após o tratamento ele conheceu a ex-companheira, com quem namorou 6 anos e teve um filho de 4 anos, o Yago, de quem ele fala com os olhos cheios de lágrimas. “O melhor presente que eu poderia ganhar era ele [o filho]”, diz emocionado.
Thiago conta que conheceu a ex-companheira em um pagode e chegaram a morar juntos nos três últimos anos do relacionamento. O casal se separou depois de uma recaída do jovem. Em meio à bebida e uso de cocaína, o vendedor teve um surto que fez a mulher se afastar, o proibindo de encontrar com o filho.
Depois desse episódio, o jovem morou quase seis meses na rua, gastando tudo o que tinha com drogas e completamente afastado da família. “Eu estava mendigando, completamente humilhado, pensei até em me matar”, desabafa. Thiago conta que a mãe sempre pegava cestas básicas em uma igreja católica da cidade e pensou em ir até lá buscar ajuda.
“Eu pensei, se eles ajudaram tanto a gente quando éramos pequenos, podiam me ajudar a sair dessa vida”, conta. Ele foi até à igreja. Lá, o convidaram para passar por um tratamento de reabilitação para combater a dependência química.
Segundo Thiago, foram 9 meses de um tratamento de saúde e espiritual. “Quando a gente passa por tudo isso, fica difícil a gente sozinho conseguir vencer, não existe força, tem que buscar em Deus”, disse. Ele recorda-se que, de dependente químico, passou a ser monitor do projeto e, livre das drogas, ajuda outras as pessoas a vencer o vício.
Sonho
Além do trabalho no sinaleiro, o jovem participa da Pastoral de Rua da igreja, onde ajuda a fazer comida para moradores de rua e famílias carentes. Thiago diz que sonha em um dia se tornar um chef de cozinha. “Desde pequeno eu cozinho. Comecei por obrigação, pra ajudar minha mãe a cuidar dos meus oito irmãos. Ainda vou estudar gastronomia”, revela o jovem.
Enquanto devolve dignidade à sua vida ganhando o próprio dinheiro com trabalho honesto, o vendedor já faz planos para um futuro que, para ele, está muito próximo de se tornar presente. “Não vai demorar muito, vou voltar a pagar pensão para o meu filho e dar pra ele tudo o que eu nunca tive, carinho de pai”, afirma Thiago.
Ouvindo o apelo de uma mãe desesperada em Uberlândia/MG que sofria há tempos com o filho alcoólatra, a Clínica Terapêutica Quintino fez o resgate e tratamento gratuito de seu filho, devolvendo-lhe a vida, em um caso que a mãe já não tinha mais esperanças. Depois de seis meses de internação, ele está de volta aos braços da mãe, totalmente recuperado. Confira o resultado.
Pesquisa nacional revela que homens ainda são maioria, mas o número de mulheres está crescendo assustadoramente. Enquanto eles fumam em média 13 pedras por dia, as mulheres chegam a fumar 21.
Uma pesquisa da Fundação Oswaldo Cruz (Fiocruz) revelou que há 370 mil usuários de crack nas 26 capitais e no Distrito Federal. Os homens ainda são maioria, mas o número de mulheres, inclusive grávidas, viciadas está aumentando. Além disso, elas consomem mais pedras de crack diariamente. Enquanto os homens fumam em média 13 pedras por dia, as mulheres chegam a fumar 21.
Violência sexual e o risco aos futuros filhos
Ainda segundo o estudo, mulheres fumam mais pedras por dia do que os homens porque elas conseguem, muitas vezes por meio da prostituição, mais dinheiro para comprar a droga. Mas as mulheres também afirmaram sofrer violência sexual, com 44,5% das entrevistadas dizendo que já sofreram abuso, o que resulta no alto índice de gravidez entre as viciadas, 10%.
Juntando o maior uso de pedras, a troca de pedra por sexo e a violência, vê-se aí a possibilidade de haver uma gravidez indesejada no percurso deste uso, o que vai gerar os chamados dos órfãos do crack.
O uso do crack durante a gravidez afeta diretamente o bebê. Tudo o que circula no corpo da mãe também circula no corpo da criança, inclusive a droga. A substância pode interferir no desenvolvimento da placenta, que pode se descolar do útero. O bebê corre o risco de nascer prematuro. Além disso, o crack influencia na formação do sistema nervoso do feto.
O bebê nascendo com pouco peso, com uma possibilidade menor cerebral, apresentando alguns dos sintomas relacionados com o uso do crack da mãe. Por exemplo, ele pode ter convulsões ao nascer, ter tremores, ser um bebê irritadiço, que se assusta com facilidade, que com qualquer movimento, qualquer pancada ele responda ansiosamente. Tanto pesquisas nacionais como internacionais mostram que talvez o maior dano provocado à criança pelo uso do crack pela mãe, seja um dano tardio. Como o crack vai mudar a configuração cerebral, influenciar nas sinapses, nas conexões cerebrais. Tardiamente, em torno de 6, 7 anos, quando ele entra no período escolar, ele vai ter uma grande dificuldade de aprender conceitos, grandes dificuldades cognitivas, principalmente na aprendizagem da matemática.
O filho de uma dependente de crack também pode desenvolver o transtorno do déficit da atenção e hiperatividade (TDAH). São crianças hiperativas, inquietas e que apresentam essa dificuldade no aprendizado.
A Clínica Terapêutica Quintino ouve o apelo de mãe em Uberlândia que sofria há tempos com o filho com problemas com álcool, e oferece o resgate e tratamento gratuitos. Confira o vídeo!
Menores de 17 anos têm risco 60% maior de não terminar ensino médio, segundo pesquisa publicada ena revista científica ‘The Lancet’.
Os adolescentes que fumam regularmente maconha estão muito mais expostos ao fracasso escolar que os outros, segundo os resultados de um estudo publicados na revista médica “The Lancet Psychiatry”. Os adolescentes de menos de 17 anos que fumam maconha todos os dias correm 60% a mais de riscos de não concluir o ensino médio do que aqueles que nunca fumaram a substância.
Além disso, aqueles que fumam diariamente têm sete vezes mais riscos de uma tentativa de cometer suicídio e oito vezes mais riscos de utilizar outras drogas posteriormente, destaca o estudo.
“Estes resultados aparecem no momento oportuno, já que vários estados americanos e países da América Latina tomaram o caminho da descriminalização da maconha, o que poderia tornar mais fácil para os jovens o acesso a esta droga”, afirmou Richard Mattick, da Universidade de Nova Gales do Sul (Austrália), um dos autores da pesquisa.
A maconha é a droga ilegal mais consumida no mundo. Estatísticas recentes indicam que em alguns países os jovens começam a usar a substância cada vez mais cedo. O estudo publicado na revista “The Lancet” tem como base dados obtidos por três pesquisas entre jovens da Austrália e Nova Zelândia.
Os cientistas tentaram traçar um paralelo da frequência do consumo de maconha entre os jovens com menos de 17 anos e seus comportamentos na vida posteriormente. Os critérios usados foram o êxito escolar, o uso de drogas ilegais, dependência da maconha, a depressão e as tentativas de suicídio.
Uma relação “clara e consistente” foi encontrada entre a frequência da utilização da maconha antes dos 17 anos e a maioria dos critérios citados, destaca a “Lancet”.
Para o doutor Edmund Silins, outro autor do estudo, os resultados demonstram “de maneira evidente” que a luta contra o consumo precoce da maconha entre os jovens representa “importantes benefícios em termos sociais e de saúde”.