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Alcoolismo: o que está por trás do vício?

Publicado em Alcoolismo
Alcoolismo: o que está por trás do vício?

Do ponto de vista médico, o alcoolismo é uma doença crônica do cérebro com características de comportamento compulsivo e tendências a recaídas,
com aspectos comportamentais e socioeconômicos, caracterizada pelo consumo compulsivo de álcool, na qual o usuário se torna progressivamente tolerante à intoxicação produzida pela droga e desenvolve sinais e sintomas de abstinência, quando a mesma é retirada. Não tem cura, é uma doença insidiosa (pode retornar a qualquer tempo) e fatal (pode levar à morte). Porém, é uma doença evitável e que, se tratada, pode ter controle. Mas, o que está por trás do vício?

Segundo a OMS, a dependência química é caracterizada pelo estado psíquico (e algumas vezes físico) resultante da interação entre um organismo vivo e uma substância. É caracterizado por modificações de comportamento e outras reações que sempre incluem o impulso a utilizar a substância de modo contínuo ou de forma periódica, com a finalidade de experimentar seus efeitos psíquicos e, algumas vezes, de evitar o desconforto da privação.

Fatores genéticos

Sem desprezar a importância do ambiente no alcoolismo, há evidências claras de que alguns fatores genéticos aumentam o risco de contrair a doença. O alcoolismo tende a ocorrer com mais frequência em certas famílias, entre gêmeos idênticos (univitelinos), e mesmo em filhos biológicos de pais alcoólicos adotados por famílias de pessoas que não bebem.

Estudos mostram que adolescentes abstêmios, filhos de pais alcoólicos, têm mais resistência aos efeitos do álcool do que jovens da mesma idade, cujos pais não abusam da droga. Muitos desses filhos de alcoólicos se recusam a beber para não seguir o exemplo de casa. Porém, quando acompanhados por vários anos, esses adolescentes apresentam maior probabilidade de abandonar a abstinência e tornarem-se dependentes.

Filhos biológicos de pais alcoólicos criados por famílias adotivas têm mais dificuldade de abandonar a bebida do que alcoólicos que não têm história familiar de abuso da droga.

Ambiente

É importante reconhecer que os aspectos do ambiente de uma pessoa, tais como a influência dos colegas e da disponibilidade de álcool, também são influências significativas, chamados, juntamente com as hereditariedade, de “fatores de risco”.

Além disso, pessoas com baixo nível de autocontrole, o que pode ser reflexo de deficiências nos mecanismos cerebrais de inibição, podem ser particularmente predispostas a desenvolver transtornos de vícios desse tipo de substância. Isso sugere que, em alguns casos, a origem dos problemas pode ser observada nos comportamentos da pessoa muito antes do início do uso habitual da substância.

Mas o risco não é destino. Só porque o alcoolismo tende a ocorrer em famílias não significa que um filho de um pai alcoólico automaticamente desenvolver alcoolismo.

Graus de dependência

Os graus de dependência variam entre leve, moderado e grave, mas, independentemente de grau ou da substância em questão, todas as drogas que são consumidas em excesso têm em comum a ativação direta do sistema de recompensa do cérebro, o qual está envolvido no reforço de comportamentos e na produção de memórias. Como norma, as drogas ativam diretamente as vias de recompensa, que costumam produzir sensações de prazer.

Indícios de dependência

  • Forte desejo/compulsão para consumir álcool.⠀
  • Dificuldade no controle ou quantidade da substância.⠀
  • Estado de abstinência fisiológica quando o uso cessou ou foi reduzido.⠀
  • Tolerância à substância.⠀
  • Persistência no uso da substância (problemas no fígado, depressão).

Como reconhecer

  • Você já sentiu que deveria diminuir a bebida?⠀
  • As pessoas já o irritaram quando criticaram sua bebida?
  • Você já se sentiu mal ou culpado a respeito de sua bebida?⠀
  • Você já tomou bebida alcoólica pela manhã para “aquecer” os nervos ou para se livrar de uma ressaca?

Tratamentos

  • Ambulatorial: Para aquele paciente que tem crítica quando à sua dependência. Os prejuízos ainda não são graves.⠀
  • Internação voluntária: o paciente pede ajuda pois percebe que perdeu o controle sobre o beber.⠀
  • Internação involuntária: o indivíduo perdeu o controle sobre sua vida e suas escolhas, necessitando que algum familiar ou outra pessoa responsável pela pessoa faça sua internação.
  • Internação compulsória: autorizada ou determinada por um juiz de direito, sem necessidade de intervenção de familiares ou responsáveis.

O tratamento pode incluir a desintoxicação (o processo de retirar o álcool do sistema de uma pessoa com segurança), tomar medicamentos receitados pelo médico para ajudar a evitar o retorno à bebida, uma vez que já parou, e aconselhamento individual e/ou em grupo.

Cuidado: apesar de ser aceito pela sociedade, o álcool oferece uma série de perigos tanto para quem o consome quanto para as pessoas que estão próximas.

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