A dependência química, além de ser um grave problema social, é considerada pela OMS uma doença crônica, que afeta relações familiares, sociais e profissionais, acarretando um profundo sofrimento físico e emocional, tanto para dependentes como para co-dependentes.
A vida acontece num processo contínuo, é movimento, é mudança. O dependente químico, para mudar, precisa se sentir pronto e decidido pela transformação. O modelo dos estágios de mudança (a pré-contemplação, a contemplação, a preparação, a ação, a manutenção e a recaída) é uma das muitas formas usadas no tratamento da saúde mental para preparar alguém para a transformação.
Pessoas que sofrem de depressão são mais propensas a serem dependentes de álcool e outras drogas ao longo da vida. E é fácil entender o motivo: é comum que aqueles que tenham a doença, procurem nas drogas alívio para seu sofrimento emocional e para sintomas como tristeza, desesperança e falta de energia.
A Sociedade de Pediatria de São Paulo (SPSP) promove a campanha Julho Branco: com consciência, sem drogas – mês do combate ao uso de drogas por crianças e adolescentes. Este é um tema de grande relevância para a SPSP, que vem trabalhando fortemente para colocar essa problemática em evidência, uma vez que a utilização de drogas ocorre cada vez mais cedo e as consequências são maiores na faixa etária pediátrica.
Diz o ditado: esperar é uma virtude. Mas será que vale a pena esperar quando o assunto é saúde, principalmente em se tratando de dependência em drogas e/ou álcool?
Se você é jovem, mais cedo ou mais tarde poderá ter a oportunidade de experimentar drogas ilegais. Em muitos casos, os jovens são pressionados por amigos e colegas a provarem alguma substância da moda. Isso pode causar problemas para qualquer pessoa, mas, se você for portador de diabetes, enfrentará riscos adicionais.
A família tem um papel fundamental na recuperação do dependente. Muitas vezes o sujeito não está em condições de perceber a própria doença e cabe à família identificar o que está errado e procurar ajuda.
Furtar objetos ou valores da própria casa para trocar por drogas não é uma queixa incomum entre familiares de dependentes químicos. Quando isso estiver acontecendo, evidencia-se um forte sinal de perda do controle diante do consumo de substâncias e os familiares NÃO podem, sob quaisquer pretextos, fazer “vistas grossas” diante dos fatos.